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Marielle e Anderson: Ronnie e Élcio são condenados a 78 e 59 anos de prisão
A condenação veio após 6 anos e 7 meses do assassinato da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. O julgamento durou dois dias
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Os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, confessos assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foram condenados nesta quinta-feira (31) pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Lessa recebeu uma pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias, enquanto Élcio foi sentenciado a 59 anos, 8 meses e 10 dias.
O júri considerou ambos culpados por três crimes: duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (assessora de Marielle) e receptação do veículo utilizado no crime. Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018.
Além da pena, os réus foram condenados a pagar uma pensão ao filho de Anderson, Arthur, até ele completar 24 anos, e uma indenização de R$ 706 mil por danos morais a cada uma das vítimas: Arthur, Ághata, Luyara, Mônica e Marinete.
Durante a leitura da sentença, a juíza Lúcia Glioche ressaltou que, embora a condenação não traga alívio total às famílias, ela representa uma resposta importante contra a impunidade.
“A justiça é lenta, cega, falha, mas chega. Aos culpados, ela tira o bem mais precioso depois da vida: a liberdade,” declarou a juíza.
Ronnie e Élcio, presos desde 12 de março de 2019, firmaram acordo de delação premiada. São apontados como mandantes do crime os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e deputado federal, respectivamente.
O delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também é acusado de ter dificultado as investigações. Os três estão presos desde março deste ano e enfrentam processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF), em função do foro privilegiado.