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Estudo indica que falta de sono faz você se sentir mais velho

Sentir-se mais jovem pode estar ligado a qualidade do sono

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Jefferson Albuquerque

Publicado em 07/04/2024 às 19:41
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Dois novos estudos publicados no início de abril afirmam que a falta de sono adequado pode resultar em uma sensação de envelhecimento de cinco a dez anos além da idade real.

Além de questões de saúde e mobilidade, a privação de sono emergiu como um fator crucial para a percepção precoce do envelhecimento, conforme indicam as pesquisas publicadas na revista Proceedings of the Royal Society B.

A pesquisadora do sono e autora dos estudos da Universidade de Estocolmo, na Suécia, Leonie Balter disse em entrevista que a falta de energia e motivação pode, sem dúvida, influenciar a sensação de envelhecimento.

Ela complementa que também restringe a capacidade de uma pessoa de permanecer ativa tanto fisicamente quanto socialmente, o que, por sua vez, contribui para a sensação de juventude.

“O sono desempenha um papel causal na forma como os indivíduos idosos se sentem”, disse Leonie em entrevista à CNN.

“Sono insuficiente induz sensação de sonolência. A sonolência é um importante estado motivacional que nos faz priorizar o sono e reduz nossos níveis de energia”, afirmou.

O que diz a ciência

De acordo com a ciência, sentir-se jovem é algo positivo, pois tem sido associado em estudos a uma vida mais longa, uma menor incidência de demência, menor probabilidade de depressão e características mais positivas, como otimismo, esperança e resiliência, além de uma melhor saúde física e mental.

Na verdade, pessoas que se percebem mais jovens do que sua idade real têm uma maior probabilidade de apresentar cérebros mais saudáveis.

Um estudo de junho de 2018 descobriu que indivíduos mais velhos que se consideravam mais jovens possuíam uma maior quantidade de massa cinzenta no cérebro e obtinham pontuações mais baixas em testes de idade cerebral.

Estudos tiveram resultados parecidos

Balter e seus colegas realizaram dois estudos. Um deles avaliou o padrão de sono de 429 indivíduos com idades entre 18 e 70 anos em suas próprias residências durante o mês anterior.

Para cada noite de sono insatisfatório durante esse período, as pessoas relataram sentir-se cerca de um quarto de ano, o que equivale a três meses, mais velhas do que sua idade cronológica.

No entanto, caso a pessoa tivesse desfrutado de um sono adequado ao longo do mês, ela poderia experimentar uma sensação de ser quase seis anos mais jovem, em média, do que sua idade real.

Privação do sono

O segundo estudo conduzido envolveu 186 dos mesmos participantes, os quais foram solicitados a passar duas noites em um laboratório, garantindo que não dormissem mais do que quatro horas por noite.

A experiência subjetiva de envelhecimento foi muito mais intensa quando as pessoas passaram por esse nível de privação de sono: em média, elas relataram sentir-se quase 4 anos e meio mais velhas do que sua idade real.

No segundo estudo, a sonolência foi monitorada e observou-se que, para cada aumento de unidade em uma escala de medição, as pessoas adicionavam 1,23 anos à sua percepção de envelhecimento.

O gênero não foi um fator relevante, porém o cronotipo do sono mostrou-se significativo; indivíduos que têm preferência por acordar cedo, frequentemente chamados de madrugadores, experimentaram o impacto mais pronunciado.

Os madrugadores classificaram-se como mais de cinco anos mais velhos do que os tipos noturnos, também conhecidos como notívagos, e quatro anos mais velhos do que os tipos intermediários, pessoas com um relógio biológico que não se encaixa em nenhum dos extremos.

No entanto, quando os madrugadores dormiam até nove horas por noite, eles se sentiam significativamente mais jovens.

As informações são da CNN

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