Câncer de intestino: 4 sinais silenciosos que você precisa investigar
Médico alerta que o câncer de intestino geralmente não apresenta sintomas perceptíveis, por isso prevenção é fundamental
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O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é um dos tipos de câncer mais comuns.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2022, ocorreram 45.630 casos no Brasil, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres.
Em relação às mortes, o Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM registrou 21.262 óbitos por câncer de intestino em 2021, sendo 10.662 em homens e 10.598 em mulheres.
Devido a isso, é muito importante ficar atento aos sintomas do câncer de intestino, que podem ser silenciosos, e principalmente às suas formas de prevenção e tratamento.
Fatores de risco do câncer de intestino
Existem diversos fatores de risco associados ao câncer de intestino, e é importante evitá-los para reduzir as chances de desenvolver a doença.
Segundo o médico coloproctologista Fernando Lemos, alguns desses fatores incluem:
- Sedentarismo e obesidade: A falta de atividade física regular e o excesso de peso aumentam o risco de câncer de intestino.
- Consumo excessivo de álcool: A ingestão frequente e excessiva de bebidas alcoólicas tem sido relacionada ao aumento do risco de câncer de intestino.
- Disbiose: A disbiose, que é o desequilíbrio da microbiota intestinal, pode ser causada pelo consumo de alimentos processados, falta de higiene adequada e falta de fibras na alimentação.
- Diabetes descontrolada: A diabetes descontrolada, com níveis elevados de açúcar no sangue, também aumenta o risco de câncer de intestino.
- Doença inflamatória intestinal: Pessoas que têm doenças inflamatórias intestinais, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, têm um risco maior de desenvolver câncer de intestino.
- Idade: O risco de câncer de intestino aumenta com o avanço da idade. Portanto, a realização de exames de rastreamento é essencial a partir dos 45 anos.
Quais são os sintomas de câncer de intestino?
É importante ressaltar que o câncer de intestino nem sempre apresenta sintomas claros em estágios iniciais.
“Não espere pelos sintomas, porque geralmente quando está com um sintoma a doença já está avançada”, alerta o médico.
Por isso, é fundamental realizar exames de rotina, como a colonoscopia, pois os sintomas podem ser silenciosos.
No entanto, alguns sinais que podem estar associados ao câncer de intestino incluem:
- Alteração do hábito intestinal, como diarreia persistente ou constipação intestinal;
- Dor abdominal ou sensação de distensão abdominal;
- Anemia sem causa aparente;
- Sangramento nas fezes.
É importante ressaltar, entretanto, que esses sintomas não são exclusivos do câncer de intestino e podem estar relacionados a outras condições de saúde.
Apesar disso, se esses sintomas persistirem, é recomendado procurar um médico para avaliação e investigação adequada.
Como se prevenir do câncer de intestino?
A prevenção do câncer de intestino é de extrema importância para evitar o avanço da doença. “Mais de 90% dos casos de câncer são curáveis quando possuem diagnóstico precoce”, afirma Lemos.
Um dos principais exames para detecção precoce e prevenção do câncer de intestino é a colonoscopia.
Esse procedimento é indolor e consiste na visualização do intestino grosso e do reto por meio de um tubo flexível chamado colonoscópio.
Lemos afirma que a recomendação é que a colonoscopia seja realizada a partir dos 45 anos, mas em casos de sintomas ou histórico familiar, o exame pode ser feito em idades mais jovens.
Durante a colonoscopia, é possível identificar e remover pólipos, que são lesões precursoras do câncer de intestino.
Além de diagnosticar a doença, a colonoscopia também possui um caráter terapêutico, pois permite a remoção dos pólipos, evitando que se desenvolvam e se tornem câncer.
Veja mais informações sobre o câncer de intestino no vídeo:
Fonte: Planeta Intestino
“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”