SAÚDE

Benefícios e malefícios do café: 6 vantagens e desvantagens de consumir

O consumo do café pode trazer benefícios, de acordo com estudos científicos sobre o tema. Porém, ele deve ser feito tomando alguns cuidados

Imagem do autor
Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 12/04/2024 às 6:57 | Atualizado em 12/04/2024 às 6:59
Notícia
X

Clique aqui e escute a matéria

Os estudos sobre os benefícios do café têm sido objeto de interesse científico há bastante tempo. Além de seu papel econômico significativo, a bebida tornou-se popular ao longo dos anos, conquistando muitos adeptos que a incluem em sua rotina diária.

Para os apreciadores da bebida, conhecer esses aspectos é uma forma de integrar a cafeína à rotina de maneira saudável e aproveitar ao máximo os benefícios comprovados do grão.

Saiba mais sobre como o café pode contribuir para a qualidade de vida e quais os cuidados que devem estar associados ao seu consumo.

Benefícios do café para a saúde

Um artigo de revisão publicado no New England Journal of Medicine e repercutido na CNN resume as evidências dos diversos efeitos fisiológicos da cafeína e do café para o organismo.

De acordo com a pesquisa, o consumo moderado pode reduzir o risco de doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.

Aqui estão alguns dos principais benefícios do café apontados pela ciência:

1. Melhora o desempenho físico

A cafeína presente no café pode aumentar a performance durante o exercício físico, estimulando a produção de endorfinas e proporcionando mais prazer e sensação de bem-estar.

2. Ajuda no emagrecimento

Componentes como a cafeína, a teobromina, o ácido clorogênico e a teofilina atuam no sistema nervoso autônomo, aumentando a produção de adrenalina pelas glândulas suprarrenais.

Isso promove a quebra de células de gordura e a liberação de ácidos graxos, que são utilizados como fonte de energia. Estudos mostraram que o café pode estimular a gordura marrom, ajudando na perda de peso.

3. Reduz dores de cabeça

Estudos mostram que a cafeína presente no café pode contribuir para o alívio das dores de cabeça, e é frequentemente utilizada em medicamentos para esse fim.

4. Alívio do estresse

Compostos como a cafeína e o ácido clorogênico presentes no café podem ajudar a reduzir o estresse, melhorando o humor e contribuindo para uma diminuição dos níveis de estresse.

5. Benefícios para o cérebro

A cafeína bloqueia importantes receptores de adenosina no cérebro, o que pode melhorar a plasticidade das sinapses e oferecer neuroproteção.

Estudos sugerem que o consumo moderado de café pode diminuir o risco de demência e declínio cognitivo, além de melhorar sintomas de doenças como o Alzheimer e o Parkinson.

6. Auxilia na digestão

Substâncias como os polifenóis e a cafeína aumentam o movimento do tubo digestivo, facilitando a digestão.

Além disso, o café aumenta a produção de um hormônio chamado gastrina, que melhora o funcionamento do intestino em algumas pessoas.

Malefícios do café

Esses são apenas alguns dos benefícios que o café pode proporcionar à saúde. No entanto, é importante consumi-lo com moderação.

O biólogo e professor Paulo Jubilut, fundador da plataforma de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares, chama atenção para o consumo adequado da cafeína.

“Se for consumida de forma inadequada, pode causar efeitos colaterais desagradáveis, e até perigosos à saúde, dependendo de quanto tempo a substância ficar no seu corpo. Doses elevadas podem provocar taquicardia, ansiedade, tremores, alterações digestivas e insônia”, explica.

Veja também: café descafeinado faz mal?

No cérebro humano existe uma molécula de energia chamada ATP (trifosfato de adenosina), que age como um combustível para o corpo funcionar. Durante uma longa maratona de estudos, por exemplo, o cérebro vai esgotando essas moléculas, o que causa sono e cansaço.

“Quando a cafeína entra no sistema, ela se liga a receptores específicos que enganam o cérebro e fazem parecer que não existe tanto cansaço. Mas na verdade é apenas a percepção de fadiga que diminui: o ‘combustível’ continua baixo”, explica o biólogo.

Porém, vale ressaltar que o papel do café não é recarregar energia — para isso, nada substitui uma boa noite de sono.

Caso contrário, não há produção dessa energia, e, como consequência, não acontece o processo de restauração cerebral que acompanha o descanso.

Qual a quantidade ideal de consumo diária?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera seguro, para pessoas saudáveis, o consumo de até 400 mg de cafeína por dia, o que equivale a três xícaras.

No entanto, cerca de 61% dos brasileiros ultrapassam essa recomendação. Além da quantidade apropriada, o biólogo aponta outros cuidados.

“É bom evitar a bebida após as 16 horas, já que a cafeína pode atrapalhar o sono à noite. Isso acontece porque a cafeína leva mais ou menos 7 horas para ser metabolizada pela metade, o que significa que mesmo horas após o consumo você continua sentindo os efeitos dela no corpo.”

Embora a cafeína seja popular quando o assunto é produtividade, há outras estratégias para um bom desempenho cerebral, como dieta equilibrada, sono adequado e exercícios físicos.

Em resumo, o café pode ser uma adição saudável à dieta quando consumido com moderação, proporcionando uma série de benefícios para a saúde.

LEIA TAMBÉM:

  1. Qual café da manhã diminui glicemia? Veja alimentos para glicose alta
  2. Pode comer semente do mamão? Saiba benefícios e como usar
  3. 5 receitas de café da manhã para diabéticos; veja o que baixa glicose

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

Tags

Autor