Benefícios e malefícios do café: 6 vantagens e desvantagens de consumir
O consumo do café pode trazer benefícios, de acordo com estudos científicos sobre o tema. Porém, ele deve ser feito tomando alguns cuidados
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Os estudos sobre os benefícios do café têm sido objeto de interesse científico há bastante tempo. Além de seu papel econômico significativo, a bebida tornou-se popular ao longo dos anos, conquistando muitos adeptos que a incluem em sua rotina diária.
Para os apreciadores da bebida, conhecer esses aspectos é uma forma de integrar a cafeína à rotina de maneira saudável e aproveitar ao máximo os benefícios comprovados do grão.
Saiba mais sobre como o café pode contribuir para a qualidade de vida e quais os cuidados que devem estar associados ao seu consumo.
Benefícios do café para a saúde
Um artigo de revisão publicado no New England Journal of Medicine e repercutido na CNN resume as evidências dos diversos efeitos fisiológicos da cafeína e do café para o organismo.
De acordo com a pesquisa, o consumo moderado pode reduzir o risco de doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.
Aqui estão alguns dos principais benefícios do café apontados pela ciência:
1. Melhora o desempenho físico
A cafeína presente no café pode aumentar a performance durante o exercício físico, estimulando a produção de endorfinas e proporcionando mais prazer e sensação de bem-estar.
2. Ajuda no emagrecimento
Componentes como a cafeína, a teobromina, o ácido clorogênico e a teofilina atuam no sistema nervoso autônomo, aumentando a produção de adrenalina pelas glândulas suprarrenais.
Isso promove a quebra de células de gordura e a liberação de ácidos graxos, que são utilizados como fonte de energia. Estudos mostraram que o café pode estimular a gordura marrom, ajudando na perda de peso.
3. Reduz dores de cabeça
Estudos mostram que a cafeína presente no café pode contribuir para o alívio das dores de cabeça, e é frequentemente utilizada em medicamentos para esse fim.
4. Alívio do estresse
Compostos como a cafeína e o ácido clorogênico presentes no café podem ajudar a reduzir o estresse, melhorando o humor e contribuindo para uma diminuição dos níveis de estresse.
5. Benefícios para o cérebro
A cafeína bloqueia importantes receptores de adenosina no cérebro, o que pode melhorar a plasticidade das sinapses e oferecer neuroproteção.
Estudos sugerem que o consumo moderado de café pode diminuir o risco de demência e declínio cognitivo, além de melhorar sintomas de doenças como o Alzheimer e o Parkinson.
6. Auxilia na digestão
Substâncias como os polifenóis e a cafeína aumentam o movimento do tubo digestivo, facilitando a digestão.
Além disso, o café aumenta a produção de um hormônio chamado gastrina, que melhora o funcionamento do intestino em algumas pessoas.
Malefícios do café
Esses são apenas alguns dos benefícios que o café pode proporcionar à saúde. No entanto, é importante consumi-lo com moderação.
O biólogo e professor Paulo Jubilut, fundador da plataforma de educação Aprova Total, especializada na preparação de alunos para o Enem e vestibulares, chama atenção para o consumo adequado da cafeína.
“Se for consumida de forma inadequada, pode causar efeitos colaterais desagradáveis, e até perigosos à saúde, dependendo de quanto tempo a substância ficar no seu corpo. Doses elevadas podem provocar taquicardia, ansiedade, tremores, alterações digestivas e insônia”, explica.
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No cérebro humano existe uma molécula de energia chamada ATP (trifosfato de adenosina), que age como um combustível para o corpo funcionar. Durante uma longa maratona de estudos, por exemplo, o cérebro vai esgotando essas moléculas, o que causa sono e cansaço.
“Quando a cafeína entra no sistema, ela se liga a receptores específicos que enganam o cérebro e fazem parecer que não existe tanto cansaço. Mas na verdade é apenas a percepção de fadiga que diminui: o ‘combustível’ continua baixo”, explica o biólogo.
Porém, vale ressaltar que o papel do café não é recarregar energia — para isso, nada substitui uma boa noite de sono.
Caso contrário, não há produção dessa energia, e, como consequência, não acontece o processo de restauração cerebral que acompanha o descanso.
Qual a quantidade ideal de consumo diária?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considera seguro, para pessoas saudáveis, o consumo de até 400 mg de cafeína por dia, o que equivale a três xícaras.
No entanto, cerca de 61% dos brasileiros ultrapassam essa recomendação. Além da quantidade apropriada, o biólogo aponta outros cuidados.
“É bom evitar a bebida após as 16 horas, já que a cafeína pode atrapalhar o sono à noite. Isso acontece porque a cafeína leva mais ou menos 7 horas para ser metabolizada pela metade, o que significa que mesmo horas após o consumo você continua sentindo os efeitos dela no corpo.”
Embora a cafeína seja popular quando o assunto é produtividade, há outras estratégias para um bom desempenho cerebral, como dieta equilibrada, sono adequado e exercícios físicos.
Em resumo, o café pode ser uma adição saudável à dieta quando consumido com moderação, proporcionando uma série de benefícios para a saúde.
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