Manifestação de Bolsonaro reuniu quantas pessoas em Copacabana hoje (21)? Confira como foi o público do ato
Imagens aéreas mostram público em ato em Copacabana neste domingo (21)
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Imagens aéreas capturadas revelam a reunião de apoiadores durante o ato pró-Bolsonaro realizado em Copacabana neste domingo (21/04).
Manifestação de Bolsonaro reuniu quantas pessoas em Copacabana hoje (21/04)?
A ocupação principal se centralizou na orla de Copacabana, no Rio. Segundo um grupo de estudos da Universidade de São Paulo (USP), o evento reuniu cerca de 33 mil pessoas em Copacabana hoje. O grupo é liderado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, informou que não fez estimativa de quantidade de pessoas presentes em Copacabana hoje.
No entanto, segundo estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital, nome do projeto de pesquisa da USP, a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu 32.750 em Copacabana hoje, por volta das 12h, momento de maior concentração.
O público presente na manifestação pró-Bolsonaro em Copacabana hoje é 18% dos 185 mil presentes na manifestação da Avenida Paulista, em fevereiro.
Método usado para calcular a quantidade de pessoas em Copacabana
Para realizar a contagem, são capturadas fotos aéreas que abrangem toda a extensão da manifestação em questão.
Posteriormente, sem sobreposições, as imagens são divididas em setores e é utilizado o método Point to Point Network, um software que detecta cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem.
Foram capturadas 35 fotos em cada rodada, entre as 10h e as 12h30. Nove fotos foram cuidadosamente selecionadas para abranger toda a extensão da manifestação na praia de Copacabana, sem sobreposição. Cada uma dessas fotos foi então dividida em 8 seções.
Segundo os pesquisadores, o método apresenta uma precisão de 72,9% e uma acurácia (nível de exatidão) de 69,5% na identificação de cada indivíduo.
Na contagem do público, o erro percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos em imagens aéreas com mais de 500 pessoas.
Como foi ato em Copacabana hoje?
A manifestação ocorreu entre os postos 4 e 5 da praia de Copacabana. Os manifestantes começaram a chegar pouco depois das 8h. Bolsonaro deixou o hotel próximo por volta das 10h10, subiu em um dos caminhões e proferiu um discurso de aproximadamente 35 minutos, iniciado às 11h26.
Nesse momento, os manifestantes ocupavam ambas as pistas da Avenida Atlântica, na altura da Rua Bolívar, entre as ruas Xavier da Silveira e Barão de Ipanema.
No geral, os discursos foram direcionados para a defesa de Bolsonaro e do governo anterior.
Durante seu discurso, Bolsonaro fez críticas ao atual presidente, Lula, e aos ministros do governo. Ele mencionou Elon Musk como um "mito" e um "homem que preserva a liberdade".
Além disso, reiterou seu apoio à anistia para os detidos pelos acontecimentos de 8 de janeiro, uma posição que já havia defendido durante um evento na Avenida Paulista, em São Paulo, no final de fevereiro.
"Quando eu estive com Elon Musk em 2022 começaram a me chamar de 'mito'. Eu falei: 'Não' - aqui, em 2022 - 'temos um mito da liberdade, Elon Musk'", disse Bolsonaro.
Declaração de Jair Bolsonaro hoje
No discurso de hoje, o ex-presidente mencionou novamente as eleições de 2022, nas quais foi derrotado por Lula, mas afirmou que houve fraude nas urnas, sem fornecer qualquer evidência. Desta vez, declarou que "não estava duvidando" e que considerava o assunto uma "página virada".
"O que mais nós queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Temos problemas hoje em dia. Façamos a coisa certa. Não estou duvidando das eleições, página virada"disse o ex-presidente.
Além de Bolsonaro, fizeram discursos o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana naturalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, este último falando brevemente em inglês.
Durante sua intervenção, Malafaia negou qualquer tentativa de golpe e criticou as investigações em curso.
Ele se referiu a Moraes como "ditador" e classificou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), como "frouxo, covarde, omisso", sugerindo que os comandantes militares deveriam renunciar, caso "honrassem a farda que vestem".
Também estiveram presentes, sem discursar, os filhos de Bolsonaro: Carlos (vereador), Eduardo (deputado federal) e Flávio (senador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o general Walter Braga Netto.
Além dos governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
"O que mais nós queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa o
disse o ex-presidente.