negociação

Greve dos professores: governo propõe até 31% de aumento até 2026

Aumento dos professores seria proporcional ao salário recebido atualmente.

Imagem do autor
Cadastrado por

Rodrigo Fernandes

Publicado em 16/05/2024 às 7:10
Notícia

Clique aqui e escute a matéria

Após um mês de paralisação, os professores de universidades e institutos federais receberam uma proposta de reajuste salarial anunciada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A pasta propôs aumento de 13,3% e 31% até 2026. Contudo, os incrementos só entrarão em vigor a partir de 2025.

De acordo com a proposta, os índices de reajuste deixarão de ser uniformes, passando a variar conforme a categoria profissional.

Os profissionais que recebem maiores rendimentos terão aumento mínimo de 13,3%, enquanto os de menor renda poderão alcançar um reajuste máximo de 31%.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) relatou que esta é a última oferta apresentada pelo ministério aos professores do ensino superior.

Reajuste de 2023 ainda pesa

Considerando o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o incremento total, conforme informado pelo MGI, oscilará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos.

A pasta destaca que o governo aprimorou a oferta em todas as perspectivas, garantindo aos professores um aumento superior à inflação projetada em 15% entre 2023 e 2026.

Anteriormente, a proposta contemplava um reajuste nulo em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Somando-se ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal no ano anterior, o incremento total alcançaria 21,5% no acumulado de quatro anos.

Diante da nova proposta, o sindicato promoverá novas rodadas de assembleias para deliberar sobre a resposta a ser oferecida até o próximo dia 27.

Originalmente, os professores aguardavam uma contraproposta à demanda de reajuste salarial de 22,71%, com pagamento previsto ainda para o segundo semestre deste ano.

Além do aumento salarial, os professores reivindicam a recomposição do orçamento das universidades federais e a revogação de normativas que prejudicam a carreira docente, promulgadas no governo anterior. Na terça-feira (21), o MGI se reunirá com os técnicos administrativos das instituições de ensino superior, em greve desde o início de março, para apresentar uma proposta.

Tags

Autor