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Adolescente que matou a família mandou mensagem fingindo ser o pai, justificando ausência no trabalho

Jovem de 16 anos enviou mensagem para um colega de trabalho do pai, justificando a ausência no dia seguinte ao crime

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 24/05/2024 às 7:10 | Atualizado em 24/05/2024 às 8:49
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O adolescente de 16 anos que matou os pais e a irmã na última sexta-feira (17), em São Paulo, fingiu ser o pai e mandou uma mensagem para um colega de trabalho dele para justificar a ausência no trabalho no sábado (18), quando o guarda municipal já estava morto. O print da conversa foi revelado pelo g1.

Isac Tavares Santos, de 57 anos, trabalhava na Guarda Municipal de Jundiaí, no interior de São Paulo, desde 2012 e estava escalado para trabalhar no sábado. Ele atuava na Divisão Florestal.

Um colega de serviço telefonou para ele às 7h20 daquele sábado. Depois de não ser atendido, o homem enviou uma mensagem via aplicativo, às 7h35, perguntando se ele estava de folga.

Guarda Municipal de Jundiaí/Divulgação

Print mostra conversa em que adolescente fingiu ser o pai - Guarda Municipal de Jundiaí/Divulgação

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O adolescente respondeu a mensagem três horas depois, às 10h43, se passando pelo pai: "Eu estou doente", escreveu.

O amigo, então, respondeu à mensagem se colocando à disposição para ajudar, sem saber que o colega de trabalho já estava morto: "se precisar de alguma coisa, dá um alô para gente. Melhoras aí".


Relembre o caso

O adolescente de 16 anos matou com tiros os pais adotivos e a irmã dentro de casa, no bairro de Vila Jaguara, em São Paulo. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (17), mas só foi revelado na madrugada da segunda-feira (20) após o próprio jovem ligar para a polícia confessando a ação.

Reprodução/Redes Sociais

Adolescente de 16 anos matou os pais adotivos e irmã - Reprodução/Redes Sociais

Ele afirmou que cometeu os assassinatos após ter o celular confiscado pelos pais após um desentendimento. Após cometer os crimes, o jovem teria mantido sua rotina normal, chegando a ir à academia e à padaria.

O jovem usou arma do pai para cometer os crimes, uma Taurus 9mm.

Cronologia do crime

O desentendimento que teria motivado o crime aconteceu na quinta-feira (16), segundo o acusado. O jovem contou que foi chamado de "vagabundo" pelos seus responsáveis.

No dia seguinte, quando o pai chegou do trabalho, por volta das 13h, o adolescente pegou a arma e atirou na nuca do pai, que estava debruçado sobre a pia da cozinha.

Saindo do cômodo, ele se deparou com a irmã e disparou contra o rosto dela. Em depoimento, ele disse que o plano não envolvia ela, mas que precisou matá-la após ela perceber o som do tiro.

Por volta das 19h, a mãe dele chegou em casa e gritou ao ver o cadáver do marido. Foi quando o adolescente também atirou nas costas dela.

No dia seguinte, ele afirmou ter fincado uma faca nas costas do corpo da mãe, ainda motivado pela raiva do confisco do celular, segundo ele.

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