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Maior miliciano do Rio, Pipito morre em troca de tiros com a polícia

Pipito assumiu a maior milícia do Rio de Janeiro após a prisão de Zinho, em dezembro do ano passado.

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 08/06/2024 às 10:44 | Atualizado em 08/06/2024 às 11:35
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Considerado o maior miliciano do Rio de Janeiro, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, morreu na noite da última sexta-feira (7) após ser baleado em uma troca de tiros com a polícia.

Pipito tinha 33 anos e era considerado braço-direito e sucessor de Zinho, que está preso desde dezembro do ano passado após se entregar à polícia.

Ele foi encontrado pela polícia em uma casa na Favela do Rodo, em Santa Cruz, na zona Oeste do Rio, acompanhado de dois seguranças. Segundo a polícia, os três reagiram e foram baleados após uma troca de tiros. Nenhum policial foi ferido.

Os agentes informaram que Pipito foi socorrido para o Hospital Municipal Rocha Faria, mas já chegou na unidade de saúde morto.

A operação foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.

Os dois seguranças de Pipito também foram baleados e levados para o Hospital Rocha Faria. Não há informações sobre o estado de saúde deles.

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A casa onde eles foram encontrados ficou com várias marcas de tiro na parede.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Pipico chega ao hospital, em uma caminhonete da polícia. Ele e os seguranças estão acordados e não esboçam reação.

Reações

Em reação à morte de Pipito, três ônibus foram sequestrados na noite da última sexta-feira, na Avenida Antares, em Santa Cruz.

Os veículos foram utilizados como barricada e um deles foi queimado.

Quem era Pipito

Pipito se tornou o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro após a prisão de Zinho. Sob coordenação dele, o grupo se enfraqueceu após se tornar alvo de disputas internas e ataques de grupos rivais.

A gestão de Pipito foi marcada por mortes dentro da própria milícia. Ele é o principal suspeito de orquestrar a execução do também miliciano Sérgio Rodrigues da Costa Silva, o "Sérgio Bomba", assassinado em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes.

Pipito dividia com Paulo Roberto Carvalho Martins, o PL, o espólio de Zinho após sua prisão.

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