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Policiais Civis marcam assembleia para avaliar negociação proposta pelo governo

Sindicato suspendeu paralisação prevista para hoje e vem fazendo manifestações pedindo reajuste salarial e melhorias na estrutura de trabalho

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 13/06/2024 às 9:35 | Atualizado em 16/06/2024 às 21:15
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O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) suspendeu uma paralisação que ocorreria na última quinta-feira (13) e convocou uma assembleia para a próxima segunda-feira (17) para deliberar os rumos da cobrança por melhorias para a categoria junto ao Governo de Pernambuco.

A suspensão ocorreu após o Executivo estadual encaminhar, no fim da tarde de ontem, um ofício para o sindicato anunciando a reabertura das negociações. A categoria afirma que trabalha sob condições precárias de estrutura e pede ampliação dos investimentos para os policiais e delegacias.

A assembleia da próxima segunda, marcada para as 18h, na sede do Sinpol, no Recife, vai discutir se a categoria aceita paralisar as mobilizações para negociar com o governo, em data a ser revelada no dia do encontro, ou se mantém o movimento até a mesa.

"Para não dizer que a gente é intransigente, vamos suspender a paralisação e chamar a assembleia para decidir coletivamente. Vamos fazer assembleias em cada regional. A gente precisa da participação de todo mundo nas deliberações", disse o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.

O calendário de assembleias regionais será divulgado após a reunião da segunda-feira. Segundo Áureo, as reuniões ocorrerão durante toda a semana que vem, do litoral ao Sertão.

"A decisão tem que ser dos policiais em sua maioria. Todos os atos da campanha salarial têm que ser colocados em decisão coletiva da categoria. Não podemos atropelar, nem decidir sozinhos, é preciso decidir conjuntamente", declarou.

A reportagem procurou a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) para saber o que o governo vai propor aos policiais na nova rodada de negociações. Por meio de nota, a Polícia Civil respondeu que informações sobre negociações são repassadas somente pelo Sinpol, que é a entidade classista que representa a categoria.

Resposta às manifestações

Áureo Cisneiros avaliou que o gesto do governo foi uma resposta aos movimentos que vêm sendo feitos pelo sindicato. Segundo ele, a governadora Raquel Lyra (PSDB) havia prometido uma nova mesa durante encontro com representantes do sindicato, ocorrido em Bezerros, no Agreste, no último dia 10.

"Ela sinalizou em reabrir a mesa de negociações. Um gesto importante. Diferente de outros momentos, o atual governo está com dinheiro em caixa e fez um anúncio bilionário para segurança pública. Queremos que os Policiais Civis sejam, de fato e de direito, contemplados com investimentos anunciados", contou Áureo.

Nos últimos dias, o Sinpol afirmou que o governo de Pernambuco vem "instrumentalizando a Corregedoria", e que o presidente do sindicato recebeu, no dia 12, um documento "intimidatório" do órgão, no sentido de desmobilizar as reivindicações.

Ele afirma que a categoria busca apenas melhores condições de trabalho para diminuir os índices de violência no estado.

"O povo pernambucano está amedrontado, temeroso com essa violência. A gente quer trabalhar, como estamos trabalhando atualmente, mas precisamos minimamente de estrutura. O que a gente quer é diminuir a violência, mas está faltando investimento", concluiu o presidente do Sinpol.

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