Empresário é preso suspeito de lavagem de dinheiro e agiotagem no Recife

Segundo a PF, empresário chefiava quadrilha que movimentou R$ 70 milhões. Nas redes sociais, Xinxa da Cebola ostentava carros de luxos, show e cavalos

Publicado em 01/08/2024 às 8:20 | Atualizado em 01/08/2024 às 9:34

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Na quarta-feira (31), o empresário do setor alimentício Xinxa Góes de Siqueira, conhecido como Xinxa da Cebola, foi preso pela Polícia Federal.

Segundo as autoridades, Xinxa é suspeito de liderar uma quadrilha que, nos últimos cinco anos, movimentou R$ 70 milhões através de um esquema de lavagem de dinheiro, agiotagem e sonegação fiscal.

O empresário, que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais com carros de luxo, passeios de lancha e helicóptero, cavalos de raça e fotos com celebridades como Wesley Safadão e Belo, é oriundo de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco.

Ele é filho do ex-deputado estadual Apolinário Siqueira e frequentemente estava envolvido em conflitos em bares no Recife.

O principal negócio de Xinxa é uma transportadora de produtos hortifrutigranjeiros chamada "Xinxa, o rei da cebola", localizada no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no bairro do Curado, Recife.

Reprodução/ Redes Sociais

Imagem do empresário ostentando em um iate - Reprodução/ Redes Sociais

A empresa, registrada na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe) como Essencial Transportadora & Comércio de Hortifrutigranjeiros Ltda., está em atividade desde 21 de novembro de 2008.

O delegado Márcio Tenório afirmou que o estilo de vida ostentoso do suspeito nas redes sociais chamou a atenção da Polícia Federal.

No Instagram, Xinxa, que se apresenta como "Chelsea", costumava postar fotos com carros luxuosos, incluindo uma Ferrari vermelha, chamada de "a dama de vermelho", e outros veículos como Range Rover, Mercedes-Benz e Porsche.

As investigações revelaram que Xinxa possuía uma loja de carros de luxo em Fortaleza, registrada em nome de uma pessoa ligada a ele. Os veículos apreendidos durante a operação são avaliados em mais de R$ 30 milhões.

Além disso, a Polícia Federal investiga o empréstimo e aluguel de armas feitos por Xinxa, que possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

O empresário também exibia seu padrão de vida elevado com postagens de passeios de helicóptero, lancha e fotos com celebridades e influenciadores.

O caso segue sob investigação pela Força-Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Norte, que está apurando todos os detalhes das acusações.

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