Suspeito de matar delegada na Bahia confessa ter usado o cinto de segurança contra o pescoço dela

O suspeito teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva na segunda-feira (12); o corpo da vítima será sepultado na terça-feira (13)

Publicado em 13/08/2024 às 8:36

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O ex-companheiro, Tancredo Neves, suspeito de assassinar a delegada Patrícia Neves, admitiu ter mentido sobre um suposto sequestro.

Em depoimento dado nesta segunda-feira (12) na 37ª Delegacia Territorial da Bahia, Neves afirmou que usou o cinto de segurança para estrangular a vítima durante uma briga, alegando que agiu em legítima defesa para parar as agressões de Patrícia.

A delegada foi encontrada morta no domingo (11) dentro de seu carro em uma área de mata em São Sebastião do Passé.

O principal suspeito, Tancredo, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia.

Inicialmente, Tancredo relatou que o casal teria sido sequestrado por três homens em uma motocicleta após sair de Santo Antônio de Jesus e que ele foi liberado na rodovia enquanto os sequestradores levaram Patrícia.

Em seu novo depoimento, ele alterou a versão, afirmando que a mulher estava alcoolizada e descontrolada durante a viagem para Salvador, o que teria levado a um acidente e subsequente briga em que ele usou o cinto para contê-la.

Tancredo também revelou que conheceu Patrícia em novembro de 2023 e que, apesar de terem se reconciliado após uma prisão anterior por agressão, havia registros de desentendimentos.

Ele negou violência física ou sexual além das agressões verbais. Neves enfrenta também um processo por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, com o Conselho Regional de Medicina da Bahia confirmando que não há registro de sua formação médica no Brasil.

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