Justiça nega pedido de liberdade para motorista de Porsche que matou o motoboy

O réu está preso preventivamente acusado de atropelar e matar motoboy que quebrou retrovisor, o caso aconteceu no dia 01 de agosto em São Paulo

Publicado em 27/08/2024 às 11:22

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Nesta segunda-feira (26), a Justiça de São Paulo negou o pedido de liberdade do motorista do Porsche amarelo, Igor Ferreira Sauceda, mantendo-o preso.

A Justiça de São Paulo negou nesta segunda-feira (26) o pedido de liberdade do motorista do Porsche amarelo, Igor Ferreira Sauceda, mantendo-o preso.

A decisão se baseia no entendimento de que Igor possui "comportamento agressivo e ameaçador" e que sua soltura representaria um "risco à ordem pública".

Igor está preso preventivamente acusado de usar seu carro de luxo para perseguir, atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo.

O atropelamento, ocorrido em 29 de julho na Avenida Interlagos, foi registrado por câmeras de segurança e revelou que o empresário derrubou a moto de Pedro após um desentendimento sobre um retrovisor quebrado.

Igor, de 27 anos, é réu por homicídio doloso triplamente qualificado e enfrenta a possibilidade de ser condenado a mais de 18 anos de prisão.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Pedro morreu devido a politraumatismo e hemorragia cerebral.

Apesar da defesa de Igor argumentar que ele não teve a intenção de matar e que não possui antecedentes criminais, a juíza Isabel Begalli Rodrigues rejeitou a alegação de sua soltura.

Ela destacou que o comportamento agressivo do réu e o uso do Porsche em incidentes anteriores indicam um risco à ordem pública e à instrução processual.

Atualmente, Igor está detido em Guarulhos, e a Justiça ainda precisa marcar a audiência de instrução para decidir sobre o julgamento pelo Tribunal do Júri.

A reconstituição do crime e a análise dos vídeos e dados do veículo estão em andamento.

A Promotoria também solicitou um valor mínimo de indenização para a família da vítima, que inclui a esposa de Pedro, que estava grávida na época do crime. 

 

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