Relembre o caso dos "Canibais de Garanhuns"; mulheres do grupo estão na mesma cadeia que Deolane
Criminosos ficaram conhecidos por esquartejar e usar partes dos corpos das vítimas no preparo de alimentos. Eles faziam parte de uma seita
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Na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no interior de Pernambuco, a presença de figuras de destaque está gerando atenção nacional.
Entre as detentas, encontra-se a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra, que foi presa nesta semana após descumprir uma medida judicial.
Porém, o foco da atenção se volta também para outras detentas com um passado criminal macabro: Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira Da Silva, integrantes do infame grupo conhecido como "Canibais de Garanhuns".
Os Canibais de Garanhuns: História de Horror e Canibalismo
O grupo, composto por Isabel Cristina Torreão Pires, Bruna Cristina Oliveira Da Silva e Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, ganhou notoriedade em abril de 2012 por seus crimes horrendos.
Eles foram condenados por assassinar e esquartejar pessoas, usando partes dos corpos das vítimas para preparar alimentos, como empadas e coxinhas, que eram vendidos em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco.
O trio mantinha uma relação poliafetiva: Jorge era casado com Isabel e Bruna também estava envolvida com eles.
A descoberta dos crimes começou após o assassinato de Giselly Helena da Silva, de 31 anos.
Documentos e cartões de crédito da vítima foram utilizados pelos criminosos, o que levou a polícia até a casa onde os três viviam.
No quintal, foram encontrados os corpos de Giselly e de Alexandra da Silva Falcão, morta aos 20 anos. Ambas as mortes ocorreram em um curto intervalo de tempo.
A Seita e os Crimes
Os canibais alegaram que pertenciam a uma seita chamada Cartel, cujo objetivo era "purificar o mundo" através do controle populacional, especificamente matando mulheres.
O consumo das vítimas fazia parte de um ritual, e suas partes corporais eram usadas para preparar salgados vendidos localmente. A investigação revelou ainda um terceiro assassinato, o de Jéssica Camila da Silva Pereira, ocorrido quatro anos antes.
O caso ganhou notoriedade após a prisão do trio em 2012. Vizinhos, indignados, incendiaram a casa onde os crimes foram cometidos, destruindo parte das provas.
No entanto, a polícia conseguiu recuperar um diário e filmes de terror caseiros produzidos por Jorge, que detalhavam os rituais do grupo.
Condenações e Pena
Em 2014, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira Da Silva foram condenados pelos assassinatos de Jéssica Camila da Silva Pereira, Alexandra Falcão da Silva e Giselly Helena da Silva.
As penas foram inicialmente fixadas em 71 anos para Jorge e Isabel, e 68 anos para Bruna. Em um segundo julgamento, Jorge foi condenado a 71 anos de prisão, Bruna a 68 anos e Isabel a 71 anos e 10 meses.
No entanto, as penas foram revistas em instâncias superiores, com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduzindo as penas em dezembro do ano passado.
Atualmente, Jorge cumpre uma pena de 18 anos e 4 meses, e Isabel e Bruna têm penas reduzidas para 17 anos e 8 meses cada.
O Impacto e a Atual Situação
A presença de Isabel e Bruna na Colônia Penal Feminina de Buíque, junto com Deolane Bezerra, destaca a complexidade e a gravidade dos crimes ocorridos.
A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) confirmou que todas as detentas, incluindo as notórias "canibais", mantêm bom comportamento dentro da prisão.
O caso continua a chocar e a fascinar a opinião pública, ressaltando a gravidade dos crimes e o impacto duradouro das ações de indivíduos envolvidos em atos tão extremos e aberrantes.
Para mais atualizações sobre este caso e outros desenvolvimentos legais, continue acompanhando as notícias locais e nacionais.