Deslizamento de terra em porto no Amazonas deixa criança desaparecida
O incidente foi causado pelo fenômeno local conhecido como "terras caídas". O governo do AM enviou técnicos do DNIT para o local aaa
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Na tarde desta segunda-feira (7), um deslizamento de terras atingiu a comunidade Terra Preta, em Manacapuru, próxima a Manaus. Parte do terreno que sustentava o porto desmoronou, apesar de estar em obras. O local é vital para o transporte de mercadorias e passageiros.
A Defesa Civil confirmou o desaparecimento de uma criança de 6 anos, e testemunhas relataram que até 200 pessoas podem ter sido soterradas. O porto é bastante movimentado, com atividades de carga e descarga, além de pontos de táxis e mototáxis.
Após o deslizamento, destroços de flutuantes, canos, casas e veículos foram vistos no rio. Os flutuantes, que servem como moradia e lazer, são comuns na região.
O Porto da Terra Preta abriga o Terminal Hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca (Sempa), funcionando como um importante elo entre Manacapuru e outras localidades.
Segundo uma nota do governo do Amazonas, nove pessoas foram encaminhadas ao Hospital Regional Lázaro Reis com escoriações. Dentre elas, dois receberam alta, enquanto os outros sete permanecem em observação.
Mergulhadores do Corpo de Bombeiros estão realizando buscas na área do desastre, e a Marinha do Brasil enviou equipes de fuzileiros navais para auxiliar nas operações de resgate.
Fenômeno "Terras Caídas"
O incidente pode ter sido causado pelo fenômeno local conhecido como "terras caídas", um tipo de erosão fluvial que afeta as margens do Rio Solimões, que atualmente enfrenta a pior vazante da sua história. Esse termo se refere a deslizamentos que podem variar em magnitude, como o ocorrido recentemente.
A Prefeitura de Manacapuru lamentou o acidente e informou que equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e SAMU estão no local.
O Governo do Amazonas, em nota, informou porto é responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também se pronunciou, esclarecendo que o Porto da Terra Preta não está sob sua responsabilidade, mas que gerencia outra instalação, a IP4, em Manacapuru. Técnicos do DNIT já estão realizando uma inspeção detalhada para avaliar os danos e riscos à segurança da estrutura.