Veja como eram os ônibus elétricos do Recife antigamente

Os antigos ônibus elétricos circularam pelo Recife de 1960 até o início dos anos 2000. O teste com os novos ônibus começaram na segunda (14)

Publicado em 15/10/2024 às 10:43 | Atualizado em 15/10/2024 às 16:06

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Com a retomada da circulação dos ônibus elétricos no Recife, iniciada nesta segunda-feira (14), a nostalgia dos veículos que rodaram pela cidade entre a década de 60 e o início dos anos 2000 voltou à memória dos recifenses.

Os testes da nova frota começaram às 8h da manhã e seguirão até o dia 3 de novembro. Durante os dias úteis, o trajeto será entre Marco Zero e Derby, enquanto nos finais de semana os ônibus percorrerão a rota do Cais de Santa Rita a Olinda.

Como Eram os Ônibus Elétricos do Recife Antigamente

Os ônibus elétricos, conhecidos como trólebus, circularam pela capital pernambucana durante 45 anos, de 13 de maio de 1960 até 24 de setembro de 2001, servindo a diversos bairros, como Caxangá, Encruzilhada, Casa Amarela, Boa Vista e Torre.

Embora sua trajetória tenha sido significativa, questões técnicas levaram ao seu desuso.

A História dos Trólebus no Recife

Os trólebus chegaram ao Recife em 1960, sendo inicialmente bem recebidos, com mais de 160 veículos em operação e uma rápida adaptação da população.

No entanto, na década de 90, sua popularidade começou a cair devido à falta de manutenção e à introdução de ônibus mais modernos, reduzindo a frota para apenas 49 veículos.

Incidentes de choques elétricos, agravados por problemas de manutenção e chuvas frequentes, comprometiam a segurança dos passageiros. Em 2001, após protestos de usuários preocupados, foi decidida a erradicação dos trólebus na cidade.

Trólebus no Mundo

Os trólebus ainda são utilizados em muitos países no exterior, Estados Unidos, no Canadá e em várias nações da Europa, esses veículos permanecem em operação.

No Brasil, cidades como São Paulo mantêm essa opção, especialmente em um contexto de aumento nos preços dos combustíveis e preocupação com a escassez de petróleo.

Esses veículos oferecem vantagens como operação mais silenciosa, maior economia e zero emissões de gases poluentes. Contudo, enfrentam desafios em comparação aos ônibus convencionais, como:

  • Custo elevado: A vida útil limitada das baterias requer recargas frequentes, representando um investimento significativo.
  • Tempo de recarga: O processo de recarga, que leva de quatro a cinco horas, pode atrasar as operações.
  • Tráfego: A circulação dos trólebus pode ser comprometida por congestionamentos, limitando sua eficiência.
    Apesar desses obstáculos, os trólebus ainda representam uma alternativa viável no transporte urbano sustentável.

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