Mulher é atacada e morta por leões após deixar portão da jaula aberto

A vítima, conhecida como "encantadora de leões", trabalhava no parque há quase 18 anos e tinha contato frequente com os predadores.

Publicado em 18/10/2024 às 16:34

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Leokadia Perevalova, 41 anos, conhecida no leste europeu como "encantadora de leões", morreu após ser atacada por leões, em um santuário para animais, na Crimeia, na última quarta-feira (16).

De acordo com a imprensa azerbaijana, a tratadora de felinos teria entrado na jaula dos animais sem fechar o portão que restringe o acesso dos leões.

O recinto em que o corpo da tratadora foi encontrado tinha duas leoas adultas e um leão, que estavam no santuário a mais ou menos um ano.

No momento que Leokadia Perevalova foi atacada, pessoas estavam em visitação no parque, mas ninguém ouviu os gritos da vítima.

Perevalova era uma experiente especialista em grandes felinos e trabalhava no santuário há quase 18 anos. Autoridades locais informaram que os felinos foram resgatados em um zoológico na Ucrânia após o início da guerra com a Rússia.

“Os funcionários que descobriram o corpo, infelizmente, não puderam mais prestar ajuda, pois os leões simplesmente a despedaçaram. Ao limpar o gabinete, a válvula do gabinete externo para o interno não estava fechada. É improvável que qualquer outro funcionário, exceto Perevalova, pudesse abri-lo. A versão de que os próprios animais poderiam ter feito isso foi descartada. Não havia estranhos na sala”, disse Oleg Zubkov, fundador do santuário.

Para Zubkov, Perevalova cometeu um erro crucial ao esquecer de fechar o portão do recinto em que os leões habitavam.

"Podemos ver que o portão de transferência do recinto externo para o recinto interno, que estava sendo limpo, não estava fechado. Como isso aconteceu, e por que Leokadiya não fechou esse portão? Acho que o fator humano do esquecimento desempenhou seu papel".

Apesar das declarações, o dono do parque é acusado de homicídio - segundo portais locais, e um colega dele, Mikhail Zaltsman, diz que o parque tem total responsabilidade pela fatalidade, informou o portal Rosbalt.

"Acho que Leocádia viu ou descobriu alguma coisa e ameaçou tornar público esse dado. Como resultado, Zubkov decidiu se livrar dela desta forma. Leocádia é uma funcionária muito experiente e jamais deixaria a fechadura em posição inadequada. Precisamos entender as pessoas que trabalham com animais 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eles trouxeram tudo para o automatismo. Ela preferia ter saído acidentalmente pela janela do 10º andar do que cometer tal erro”, disse Zaltsman ao Rosbalt.

A especialista em felinos era conhecida como a "mãe humana de todos os bebês animais" no santuário e era casada e mão de um filho de 21 anos.

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