Agreste de Pernambuco vai ganhar novo museu para contar a história da região

A história do museu começa com a antiga fábrica de doces Mariola, fundada em 1915 por Jorge Aleixo da Cunha e sua esposa Quitéria Batista de Lima

Publicado em 05/12/2024 às 12:45
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Com inauguração prevista para fevereiro de 2025, o Museu Memórias Vivas em Belo Jardim promete ser um marco na preservação do legado cultural e econômico do Agreste pernambucano, promovendo experiências de arte-educação e acessibilidade.

A história do museu começa com a antiga fábrica de doces Mariola, fundada em 1915 por Jorge Aleixo da Cunha e sua esposa Quitéria Batista de Lima. Localizada no coração de Belo Jardim, a fábrica não apenas produziu doces, mas se consolidou como um pilar econômico e cultural da região, impactando gerações e criando uma forte identidade local.

Divulgação

Imagem do maquinário do novo museu do agreste de pernambuco - Divulgação

Após seu fechamento em 1969, a fábrica tornou-se sede do Instituto Conceição Moura, que agora transformará o espaço em um museu para recontar sua trajetória.

Idealizado pelo Instituto Conceição Moura, o Museu Memórias Vivas irá transportar os visitantes para os primórdios da Fábrica Mariola, através de exposições que exploram as raízes humildes dos fundadores, o crescimento da indústria e o impacto duradouro na economia e cultura de Belo Jardim.

O espaço contará com réplicas em 3D dos maquinários da fábrica, fotos antigas e objetos pessoais, além de uma exibição no Cineteatro Cultura, que trará um curta-metragem relacionado à história da fábrica.
O museu também se destacará por sua programação imersiva.

A primeira exposição temporária será dedicada à identidade do Agreste, com curadoria da fotógrafa Thalita Rodrigues, destacando o talento e as histórias da região. A proposta é integrar arte, tecnologia e memória, promovendo um aprofundamento na cultura local.

A curadoria do Museu Memórias Vivas, liderada por George Pereira, buscou elementos da própria fábrica, como maquinários e fragmentos restaurados, além de entrevistas com ex-funcionários para criar uma narrativa que une história e afetividade. A ideia é oferecer uma releitura do espaço, permitindo que os visitantes sintam o peso da história enquanto caminham pela antiga fábrica.

Com um compromisso com a acessibilidade, o museu será totalmente inclusivo, com rampas de acesso, banheiros adaptados, audiodescrição, intérpretes de Libras e miniaturas em 3D das peças expostas. O objetivo é garantir que pessoas com diferentes necessidades possam vivenciar a experiência de forma plena.

Além de preservar a memória histórica, o Museu Memórias Vivas também será um centro de arte-educação, promovendo atividades como música, teatro, robótica e exibições de filmes, oferecendo uma experiência educativa enriquecedora.

O projeto, patrocinado pela Baterias Moura, visa atrair cerca de 9 mil visitantes nos dois primeiros anos de funcionamento e fortalecer a identidade local, oferecendo acesso gratuito à cultura.

Com entrada gratuita e funcionamento de terça a domingo, das 9h às 20h, o Museu Memórias Vivas será um espaço de pertencimento e aprendizado, onde a história do Agreste pernambucano será recontada, celebrando o legado da região e inspirando novas gerações.

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