Caruaru pode ser a primeira cidade do Agreste a proibir as armas de gel

Nesta terça-feira (17), a Câmara de Vereadores de Caruaru aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 10.010/2024, que proíbe a fabricação, comercialização e distribuição de de armas de gel no município

O projeto, encaminhado pelo prefeito reeleito Rodrigo Pinheiro, justifica a medida devido aos riscos que as armas de gel representam, como ferimentos nos olhos, simulação de cenas de violência e a possibilidade de serem confundidas com armas reais.

Agora, o Projeto de Lei segue para sanção do prefeito e se tornará uma lei municipal. A aprovação ocorre após o aumento do uso dessas armas no município, especialmente nas periferias, onde se tornaram populares.

Caruaru segue o exemplo de cidades como Olinda e Paulista, no Grande Recife, que também adotaram legislações para proibir esses dispositivos. Com isso, a cidade se torna a primeira do Agreste a adotar a medida.

A medida visa proteger a segurança pública e a integridade física e emocional dos cidadãos, especialmente de crianças e jovens.

As armas de gel podem disparar bolinhas que causam graves ferimentos nos olhos, e as vítimas podem sofrer danos permanentes à visão. Em Pernambuco, a Fundação Altino Ventura (FAV), hospital de referência no atendimento oftalmológico, registrou 68 feridos entre o final de novembro e a segunda-feira (11).

O projeto também busca conscientizar sobre os perigos associados aos simulacros de armas de fogo, conforme os princípios estabelecidos na Lei Orgânica do Município de Caruaru.

Cidades do Grande Recife proíbem o uso das armas de gel

Duas cidades da Região Metropolitana do Recife tomaram medidas rigorosas contra o uso e comercialização de armas de gel, popularmente usadas em "guerras" informais.

O município de Paulista foi o primeiro a se tornar a primeira em Pernambuco a proibir a fabricação, distribuição e comercialização das armas de gel. O decreto, sancionado pelo prefeito Yves Ribeiro na terça-feira (10), tem como objetivo reduzir o número de acidentes, especialmente as lesões oculares.

A medida foi baseada no projeto de lei nº 145/2024, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal e de autoria do vereador Eudes Farias (MDB).

Na quarta-feira (11), a Prefeitura de Olinda, por meio do prefeito Professor Lupércio, assinou o decreto 176/2024, que proíbe o uso desses objetos, os quais têm causado um aumento significativo de acidentes, principalmente lesões oculares e ferimentos em outras partes do corpo.

Nos últimos dez dias, cerca de 150 incidentes foram registrados, com casos graves de lesões nos olhos, o que tem sobrecarregado os prontos-socorros da cidade.