Alistamento militar feminino voluntário começa em janeiro
O alistamento está aberto exclusivamente para mulheres nascidas em 2007, que completam 18 anos em 2025, e pode ser realizado até 30 de junho
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A partir de janeiro, mulheres brasileiras podem se alistar voluntariamente para o Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF), autorizado em agosto do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O alistamento está aberto exclusivamente para mulheres nascidas em 2007, que completam 18 anos em 2025, e pode ser realizado até 30 de junho, tanto presencialmente nas Juntas de Serviço Militar quanto pelo site oficial. As interessadas podem servir na Marinha, Exército ou Aeronáutica, dependendo das vagas disponíveis.
O processo seletivo inclui entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. O serviço militar feminino será oferecido em 29 municípios, incluindo 13 capitais, com 1.500 vagas disponíveis para incorporação em 2026.
De acordo com o Exército, a expectativa é ampliar progressivamente o número de vagas à medida que mais organizações militares aderirem. Atualmente, as mulheres representam apenas 10% do efetivo das Forças Armadas, totalizando cerca de 37 mil militares femininas.
Hoje, o ingresso de mulheres nas Forças Armadas ocorre principalmente por concurso público para oficiais e sargentos de carreira ou por seleções temporárias, com limite de até oito anos de serviço.
Diferentemente dos homens, cujo alistamento é obrigatório aos 18 anos, o serviço militar feminino é voluntário e sem garantia de estabilidade.
A duração inicial do serviço será de 12 meses, podendo ser prorrogada anualmente até o limite de oito anos. As militares terão direito a remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria e licença-maternidade. O treinamento físico será equivalente ao dos homens, com critérios ajustados para cada Força, e incluirá capacitação profissional em diversas áreas.
Após o período na ativa, as mulheres receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. Em situações de mobilização, elas poderão ser convocadas, assim como os homens, conforme prevê a Lei do Serviço Militar.