Dor de ouvido no verão: por que é tão comum?

A combinação de calor intenso, umidade e contato frequente com a água do mar e da piscina favorece o surgimento de inflamações e infecções no ouvido

Publicado em 31/01/2025 às 7:22
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Com a chegada do verão, muitas pessoas enfrentam um problema recorrente: a dor de ouvido. A combinação de calor intenso, umidade e contato frequente com a água do mar e da piscina favorece o surgimento de inflamações e infecções no ouvido, sendo a otite externa aguda uma das mais comuns nesta época do ano.

Otite externa: a “otite do nadador”

De acordo com a otorrinolaringologista Dra. Bruna Assis, do Hospital Paulista, a otite externa ocorre devido à proliferação de bactérias ou fungos no canal auditivo, causada pelo acúmulo de umidade.

“A otite externa afeta o conduto auditivo, que vai da parte externa da orelha até a membrana do tímpano. Os pacientes costumam relatar dor intensa, sensação de ouvido tampado e sons abafados”, explica a especialista.

Diferentemente da otite média, que está associada a infecções respiratórias, a otite externa não causa febre e é desencadeada, principalmente, pelo contato prolongado com a água. Isso explica sua maior incidência no verão, quando o número de banhos de mar e piscina aumenta.

Prevenção: como evitar a dor de ouvido no verão

Para reduzir o risco de infecções no ouvido, a médica recomenda cuidados simples, como:

Secar bem os ouvidos após nadar, utilizando uma toalha ou um secador de cabelo no modo frio e a uma distância segura.
Evitar o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos dentro do ouvido, pois podem causar lesões e empurrar a cera para o fundo do canal auditivo.
Manter uma boa higiene auricular, limpando apenas a parte externa da orelha com um pano macio.
Procurar um médico ao sentir dor, coceira, desconforto ou perda auditiva.

Fatores de risco: imunidade baixa e diabetes

Além do contato com a água, a especialista alerta que indivíduos com baixa imunidade e diabetes estão mais suscetíveis a infecções no ouvido.

“Pessoas com o sistema imunológico comprometido têm maior chance de desenvolver infecções, e, no caso da otite externa, o diabetes pode ser um fator predisponente”, ressalta a Dra. Bruna.

Por isso, a visita regular ao otorrinolaringologista é essencial para a prevenção e o tratamento adequado de problemas auditivos.

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