Compras online de materiais escolares seguram a inflação e movimentam R$ 356 milhões

Levantamento aponta crescimento de quase 16% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de vendas aumentou 9,35%, totalizando 282.469 transações

Publicado em 26/02/2025 às 14:21
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Diante do impacto da inflação no varejo físico, as compras online de materiais escolares se consolidaram como uma alternativa estratégica para consumidores e instituições de ensino.

Entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, o setor movimentou R$ 356,1 milhões por meios digitais, registrando um crescimento de 15,79% em relação ao mesmo período do ciclo anterior.

Além disso, o número de vendas aumentou 9,35%, totalizando 282.469 transações.

O ticket médio também teve alta, chegando a R$ 1.260,72 — um avanço de 5,89%. Os dados são da plataforma de marketplace da edtech Layers.

“O último trimestre do ano é fundamental para as instituições de ensino, que precisam comercializar materiais didáticos e escolares. Nesse período, elas se mobilizam para oferecer condições de pagamento diferenciadas e garantir um fluxo de caixa saudável antes do início do ano letivo”, explica Danilo Yoneshige, CEO da Layers.

Expansão de fornecedores impulsiona crescimento

O levantamento também revelou um aumento expressivo no número de vendedores ativos na plataforma.

O total de lojas cadastradas cresceu 48,56%, passando de 661 para 982, enquanto o número de comunidades participantes saltou 192%, de 50 para 146.

O marketplace da Layers também registrou um crescimento de 6,90% na base de consumidores, com 235.262 usuários realizando compras no período analisado.

E-commerce educacional e as tendências do setor

As compras online continuam ganhando força no Brasil. Em 2024, o e-commerce nacional faturou R$ 204,3 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior.

Para 2025, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta um faturamento superior a R$ 224 bilhões, consolidando a digitalização como uma realidade irreversível para diversos setores, incluindo a educação.

Outro fator relevante é a ascensão do Pix no comércio eletrônico.

Estudos indicam que, até 2025, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central pode superar os cartões de crédito como principal meio de pagamento online, representando 44% das transações, contra 41% dos cartões.

“A digitalização do setor educacional deixou de ser uma tendência e se tornou uma realidade consolidada. As instituições de ensino perceberam que a conveniência e a eficiência das compras online trazem benefícios tanto para a gestão escolar quanto para as famílias, permitindo um planejamento mais estruturado dos investimentos em educação”, conclui Yoneshige.

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