Número endividamentos e inadimplentes recuam no Recife

O total de endividados recuou de 81,2% em março para 79,6% em abril, representando 420 mil famílias comprometidas com 30,1% de sua renda mensal

Publicado em 16/05/2025 às 0:01
Google News

Clique aqui e escute a matéria

Em abril de 2025, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) no Recife registrou nova melhora no equilíbrio financeiro das famílias.

O total de endividados recuou de 81,2% em março para 79,6% em abril, representando 420 mil famílias comprometidas, em média, com 30,1% de sua renda mensal.

A inadimplência acompanhou esse movimento, caindo de 27,1% para 25,4%, o que equivale a 133 mil famílias com contas em atraso, que permanecem em média 58 dias de pendência.

 

A expectativa de não entrar na inadimplência também avançou positivamente, passando de 12,2% para 11,6% dos entrevistados.

Os cartões de crédito mantêm-se como principal modalidade de endividamento, apontados por 88,2% das famílias, seguidos por carnês (28,4%), financiamentos de automóveis (7,4%) e crédito pessoal (6,6%).

Apesar do uso ainda intenso do cartão, o recuo no endividamento e na inadimplência tem permitido um retorno gradual da confiança ao consumo a prazo, aliviando pressões orçamentárias e contribuindo para uma perspectiva melhor de crédito.

Para Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Pernambuco, a queda nos índices de endividamento e inadimplência mostram o maior cuidado das famílias com o orçamento.

“São efeitos positivos da recuperação do mercado de trabalho formal. É importante o empenho educacional sobre os temas financeiros e em condições de crédito acessíveis”, destacou.

Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, destaca o impacto dessas mudanças.

“Ver o endividamento e a inadimplência em recuo favorece o consumo responsável e fortalece o crédito a prazo. A redução da dependência exclusiva do cartão de crédito, com o controle do prazo de atraso, ajuda ao hábito de planejamento financeiro", afirmou o economista.

"Esse movimento, se mantido, pode ampliar o acesso a linhas de crédito mais vantajosas e contribuir para a estabilidade econômica familiar de longo prazo”, concluiu.

Tags

Autor