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Mais de 170 mil alunos no RS estão sem previsão de retorno de aulas

Mais de 170 mil estudantes não sabem quando voltarão às aulas após as enchentes do Rio Grande do Sul

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Cynara Maíra

Publicado em 21/05/2024 às 7:08
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23,5% do total de alunos da rede pública de ensino do Rio Grande do Sul não sabem quando irão retornar às aulas por conta das enchentes que afetaram o estado nas últimas duas semanas. 

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc-RS), 441 escolas da rede pública de ensino, que comportam 173.256 alunos, estão nessa situação.

Enquanto isso, 1.792 escolas estaduais, correspondendo a 76,5% das 2.340 escolas públicas do estado, já retomaram suas atividades.

A Seduc-RS informou que 1.059 escolas foram afetadas pela catástrofe em 248 municípios. Algumas dessas instituições sofreram danos físicos diretos na infraestrutura, enquanto 79 unidades foram utilizadas como abrigos temporários para famílias desabrigadas.

Além disso, algumas escolas ficaram isoladas e enfrentam problemas de acesso. No total, 378.981 estudantes foram impactados, com 566 escolas danificadas.

Diante desse cenário, o Ministério da Educação (MEC) dispensou as escolas de ensino fundamental, médio e superior de cumprir o mínimo de dias letivos, desde que a carga horária anual seja cumprida. Para a educação infantil, tanto os dias letivos quanto a carga horária mínima foram dispensados.

Ensino Infantil em Porto Alegre

Em Porto Alegre, cerca de 40 mil alunos do ensino infantil estão retornando às aulas nesta semana.

Na segunda-feira (27), 26 unidades foram reabertas, e outras 21 abrirão nos próximos dias. A capital gaúcha possui 80 mil estudantes na etapa infantil matriculados na rede pública.

Segundo o secretário municipal de Educação, José Paulo da Rosa, os demais 40 mil alunos retornarão às aulas de forma gradual.

Três escolas foram completamente destruídas pelas enchentes nos bairros Humaitá, Sarandi e Ilha da Pintada, necessitando de reconstrução, com um custo estimado de R$ 30 milhões.

"Acho que um dos grandes problemas da pandemia foi a demora no retorno às aulas. Estávamos trabalhando para recuperar o déficit de aprendizado, e um atraso devido à enchente poderia prejudicar ainda mais os estudantes", comentou o secretário municipal de Educação de Porto Alegre.

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