Mobilização

Professores da UFPE e UFRPE rejeitam proposta do governo e mantém greve

A categoria decidiu não aceitar o reajuste salarial zero em 2024

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Cadastrado por

Guilherme Gusmão

Publicado em 24/05/2024 às 18:25 | Atualizado em 24/05/2024 às 18:47
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Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal e vão manter a greve. A categoria está com as suas atividades paralisadas desde o dia 22 de abril.

Durante a Assembleia Geral Extraordinária nesta sexta-feira (24), 965 docentes da UFPE votaram contra a proposta e 546 se posicionaram a favor. Foram registradas 37 abstenções.

Antes da decisão, a expectativa era de que o reajuste salarial de 22,71% fosse concedido e de que ele fosse ainda no segundo semestre deste ano. Porém, o governo manteve o reajuste zero para 2024.

A assembleia ocorreu simultaneamente nos campi do Recife, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e de Caruaru, no Núcleo de Ciências da Vida do Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Professores do Centro Acadêmico de Vitória (CAA) também participaram. Alguns professores votaram virtualmente.

Na proposição apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o reajuste irá variar de acordo com as classes e os níveis dos profissionais.

Com isso, os docentes com salários maiores receberão aumento de 13% até 2026. E aqueles que recebem menos, o reajuste será de 31,2%, pelo mesmo período.

Na próxima terça-feira (28), os docentes vão se reunir novamente para discutirem uma resposta à contraproposta rejeitada.

Rural

Na última quinta-feira (23), a categoria se reuniu e votou pela continuidade da paralisação.

A Associação dos docentes da Universidade federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) revelou que 124 professores votaram pela manutenção da greve e 3 foram contrários. Nenhuma abstenção foi registrada.

Segundo a associação, o Governo se recusa a continuar negociando com as entidades federais.

Ainda de acordo com a Aduferpe, hoje são necessários R$ 2,5 bilhões para recompor o orçamento este ano, porém o governo está oferecendo apenas R$ 347 milhões.

O movimento grevista reivindica aumento linear para 2024, incluindo os aposentados que não tiveram nenhum reajuste. Os servidores propõem a elaboração de uma contraproposta de reposição linear de 3% até julho de 2024, 9% em janeiro de 2025, e 3,5% em maio de 2026.

Os professores também exigem a revogação das Reformas Trabalhistas e Previdenciárias, além da extinção da PEC 32, que segundo eles, quer desestruturar os serviços públicos.

A greve dos docentes da UFRPE foi deflagrada no dia 29 de abril.

 

 

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