Policiais Civis rejeitam proposta do governo e iniciam paralisação de 24 horas nesta quarta

Categoria não aceitou proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo de Pernambuco e paralisa atividades até a manhã da próxima quinta

Publicado em 03/07/2024 às 7:09

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O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) anunciou que a categoria iniciará nesta quarta-feira (3) uma paralisação de 24 horas nas atividades. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelos sindicalistas na noite da última terça (2).

A paralisação terá início às 7h de hoje e vai durar até as 7h de amanhã, quinta-feira (4). Durante esse período, os policiais atuarão somente em flagrantes, em casos de violência doméstica e na liberação de corpos do Instituto de Medicina Legal (IML).

De acordo com o sindicato, a paralisação se dá após a categoria não aceitar a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo de Pernambuco. Na assembleia de ontem, cerca de 1,8 mil sindicalistas aprovaram a suspensão temporária das atividades.

A proposta do governo prevê "recomposição salarial para o quadriênio 2023/2026, de forma que nenhum servidor receberá ganhos inferiores à inflação no período, perfazendo em média, reajustes na ordem de 20%", afirma a Secretaria Estadual de Administração (SAD).

A pasta diz que a proposta contempla todos os níveis de carreira dos servidores envolvidos, com reajustes lineares e adequação dos intervalos da Grade Salarial do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS).

'Proposta não atende reivindicações'

O presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, afirma que a proposta não atende às reivindicações da categoria. Ele diz que o plano não contempla melhora na estrutura das delegacias - constante alvo de críticas por parte dos policiais - e dos complexos da Polícia Civil.

"Estamos sem estrutura, sem efetivo e com o pior salário do Brasil. Se não existe nenhum impedimento orçamentário, nenhum impedimento fiscal e ainda a segurança pública conta com investimentos bilionários, por que não contemplar os policiais civis?", questiona o sindicato, em nota.

"É inadmissível que uma das melhores policias civis do país receba o pior salário e não tenha condições de trabalho. Cadê o bilhão de Reais de investimentos alardeado aos quatros ventos? As delegacias estão mofadas, policiais pagam para trabalhar e fazem cotinhas para comprar água", acrescenta a nota.

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Antes da paralisação desta quarta, os policiais já haviam prometido suspender as atividades no início do mês de junho, mas, na época, recuaram após o governo prometer uma nova proposta.

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