Justiça mantém prisão de sócio do laboratório que fez testes de HIV

Seis pacientes foram diagnosticados com HIV após receberem órgãos em transplantes. Ao todo, três pessoas estão presas por envolvimento no caso.

Publicado em 17/10/2024 às 7:38

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A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão temporária do médico ginecologista Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Vieira é investigado por emitir laudos falsos que possibilitaram transplantes de órgãos infectados pelo vírus HIV. Ele participou de uma audiência de custódia nesta terça-feira (15).

Além de Vieira, Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório, e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária da empresa, também estão envolvidos no caso e presos, mas ainda não passaram pela audiência de custódia.

Na quarta-feira (16), a Polícia Civil prendeu Cleber de Oliveira dos Santos, outro técnico do laboratório, que era o último foragido no caso.

Com sua captura, foram cumpridos todos os mandados de prisão da operação realizada na segunda-feira (14), resultado das investigações policiais.

Os problemas surgiram quando dois doadores tiveram seus laudos de HIV assinados pelo laboratório, que era responsável pelos testes antes dos transplantes no estado.

Ambos foram erroneamente considerados negativos, embora fossem positivos para o vírus, resultando na infecção de seis pacientes que receberam os órgãos.

O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) divulgou uma nota informando que o laboratório PCS Lab Saleme não possui registro no conselho e não conta com farmacêuticos registrados. A nota também esclarece que Jacqueline Iris Bacellar de Assis possui inscrição ativa no CRF-RJ.

A presidente em exercício do conselho, Luzimar Gualter, instaurou procedimentos internos para investigar possíveis transgressões às normas sanitárias e éticas, que podem levar à cassação do registro profissional.

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