Bolo envenenado: Suspeita de envenenar família é encontrada morta em penitenciária
A Polícia Penal informou que a morte foi causada por enforcamento, conforme laudo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
![Imagem do bolo que foi a possível causa da morte de três mulheres no Rio Grande do Sul](https://imagens.ne10.uol.com.br/veiculos/_midias/jpg/2024/12/27/597x330/1_novo_projeto__20_-33416201.jpg?20250213104953)
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Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de matar três pessoas da família do marido com bolo de frutas cristalizadas envenenado, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
A Polícia Penal informou que a morte foi causada por enforcamento, conforme laudo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Detida desde o dia 5 de janeiro, Deise foi acusada de envenenar a farinha utilizada no bolo consumido durante uma reunião familiar em Torres, no Litoral Norte, na véspera de Natal. A polícia também investigava a morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro, após ingestão de bananas e leite em pó supostamente entregues por Deise.
Em nota, a Polícia Penal declarou que Deise foi encontrada “sem sinais vitais” durante a conferência matinal dos detentos. “Os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Samu, que confirmou o óbito no local”, informou o comunicado.
A perícia preliminar indicou morte por "asfixia mecânica autoinfligida". Deise estava sozinha na cela e as circunstâncias serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Deise foi transferida do Presídio Estadual Feminino de Torres para Guaíba no dia 6 de fevereiro por questões de segurança, após a Justiça prorrogar sua prisão temporária.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas para um café da tarde, poucos dias antes do Natal, quando começaram a passar mal após comer fatias do bolo. Zeli dos Anjos, sogra de Deise e possível alvo do envenenamento, também foi hospitalizada, mas sobreviveu.
Três mulheres morreram em poucas horas: Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória. Neuza Denize Silva dos Anjos faleceu em decorrência de “choque pós-intoxicação alimentar”.
Zeli dos Anjos recebeu alta em janeiro deste ano. Uma criança de 10 anos que também comeu o bolo sobreviveu e já foi liberada do hospital. O delegado Marcus Veloso afirmou que Zeli foi a única a comer duas fatias do bolo.