Policiais civis protestam contra retirada de direitos de servidores aposentados em Pernambuco

Manifestação reuniu diversas categorias da Polícia Civil em caminhada até a Alepe, onde será realizada audiência pública sobre o tema

Publicado em 09/04/2025 às 17:28 | Atualizado em 09/04/2025 às 17:51
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Servidores da Polícia Civil de Pernambuco realizaram, na manhã desta quarta-feira (9), uma caminhada em protesto contra um parecer da Procuradoria Geral do Estado que, segundo a categoria, retira direitos dos policiais aposentados.

A manifestação reuniu agentes, escrivães, delegados, peritos criminais e médicos legistas, que saíram em passeata pela Rua da Aurora, no centro do Recife, até a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), onde o tema será discutido em audiência pública.

Com faixas e cartazes, os servidores pediram a revogação do parecer que impacta diretamente a paridade salarial — o direito dos aposentados de receberem reajustes nos mesmos moldes dos servidores da ativa. A mudança gerou revolta na categoria, que alega ter sido pega de surpresa pela decisão.

“O governo do estado, com o programa Juntos Pela Segurança, fala em integração das forças policiais. Mas, numa operação integrada, se um policial civil sofre um acidente e é aposentado, ele pode perder a paridade. Enquanto isso, o policial militar segue com esse direito. Isso gera insegurança e frustração na tropa”, afirmou o delegado Diogo Victor, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), em entrevista à TV Jornal.

A presidente da Associação de Peritos Criminais de Pernambuco, Camila Reis, também criticou a medida e destacou os impactos da perda de direitos nas carreiras da Polícia Civil: “A retirada desses direitos enfraquece toda a instituição e afasta novos profissionais. Muitos acabam migrando para outros estados onde esses direitos estão garantidos.”

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-PE) também se posicionou de forma contundente. Segundo o presidente da entidade, Áureo Cisneiros, a decisão ameaça os proventos de quem se aposentou a partir de 2003. “é um ataque a um direito garantido nosso. O estado de Pernambuco está atacando esse direito.”

Durante a manifestação, os representantes das categorias alertaram que, caso o governo do estado não volte atrás na decisão, poderão ocorrer paralisações. Uma audiência pública foi marcada na Alepe para debater a situação.


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