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Lula não repõe estoques zerados por Bolsonaro e terá que importar arroz

Apesar de prometer recompor estoques de alimentos zerados por Bolsonaro, governo Lula precisará importar estoques de arroz após chuvas no Rio Grande do Sul

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Cynara Maíra

Publicado em 13/05/2024 às 8:48
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Apesar de ter prometido que iria repor o estoque públicos de alimentos, o governo Lula (PT) não fez reposições nas reservas de arroz do país.

A partir da situação das chuvas no Rio Grande do Sul, principal produtor do país, o governo precisará importar um milhão de toneladas de arroz para evitar desabastecimento. 

ARROZ NÃO DEVE FALTAR NO BRASIL 

Apesar do estoque público de alimentos estar zerado desde dezembro de 2022, não há previsão de que faltará o produto nas prateleiras dos brasileiros.

Isso porque 80% de toda safra no Rio Grande do Sul já fora colhida quando os desastres no estado começaram a ocorrer. As lavouras do local foram afetadas pelas fortes chuvas. 

Mesmo que não vá faltar arroz no país, a importação por parte do governo Lula tem o objetivo de evitar a alta dos preços. 

A autorização sobre a importação foi assinada na sexta-feira (10) pelo governo Lula. Especialistas ouvidos pelo Uol indicam que os itens estocados poderiam ter sido enviados para as populações atingidas pelas cheias e que a falta de estoques foi um erro do Estado. 

SOBRE OS ESTOQUES DE ALIMENTOS

Desde a década de 1960 existem as reservas públicas de itens como arroz, feijão, trigo, café, etc. O objetivo é garantir que os preços e os abastecimentos no país continuem estáveis em emergências.

Nos últimos anos os estoques foram esvaziados, até não existirem em 2022, quando Bolsonaro vendeu os itens restantes e fechou 27 armazéns de alimentos no país

Com essa alteração, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sofreu uma redução de 500 mil toneladas na capacidade de estocagem. 

O Governo Lula já havia anunciado que desejava retomar os estoques de alimentos, mas só voltou com as reposições de milho, que saiu de 50 mil toneladas para 323 mil de janeiro de 2023 até março de 2024. 

A Conab revelou ao UOL que não repôs os estoques de arroz devido ao preço dos itens, já que o órgão só compra os produtos quando o valor pago ao produtor fica menor que preço mínimo previsto em lei, o que ainda não ocorreu na gestão de Lula

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