PM condecorado pelo governo como "Nota 10" é preso por suspeita de assaltar lotérica
Policial Militar recebeu título de "PM Nota 10" das mãos do governador do Estado, em 2019
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Um policial militar que havia sido condecorado pelo estado como "Policial Nota 10" foi preso e afastado de suas funções após ser delatado como cúmplice de um assalto a uma casa lotérica. O crime ocorreu em março deste ano, mas a prisão dele só foi decretada no último dia 28 de maio.
O PM preso é o cabo Josias Figueiroa. Ele é lotado no 4º Batalhão de Polícia do Interior de São Paulo, com sede em Bauru. A casa lotérica assaltada fica em Cabrália Paulista, também em São Paulo.
De acordo com o Metrópoles, dois homens armados invadiram a lotérica quando ela estava sendo fechada, no final do expediente. Após o roubo, a dupla fugiu em um veículo preto, com apoio de um segundo veículo. O estabelecimento teve prejuízo de R$ 11 mil.
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Segundo a investigação, um dos carros usados no roubo pertencia ao avô da esposa de um um dos suspeitos. Capturado, esse homem delatou os comparsas e informou que um deles era Josias. Outros indícios documentais reunidos pela Polícia Civil sustentam a suspeita de participação do militar no crime.
Na delegacia, o policial manteve o silêncio. Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. O caso será analisado pelo Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
O afastamento do militar das funções no 4º BPM/I foi publicado na última quarta-feira (5), com validade a partir da data do decreto de prisão temporária do militar. Ele foi colocado como “adido” ou “agregado”, e continua recebendo salários, ficando impedido de prestar serviço.
PM 'nota 10'
Josias Figueiroa foi homenageado pelo então governador de São Paulo, João Dória, em 2019, como "Policial Nota 10". O certificado é entregue a policiais civis e militares e peritos criminais que "foram além do cumprimento de suas funções”.
Figueira recebeu a honraria pela atuação em uma escola de Cabrália Paulista, em agosto daquele ano. Ele deteve um adolescente de 16 anos que ameaçava matar uma professora e outros alunos da escola.
Na ocasião, outros 15 militares, 10 policiais civis e dois peritos foram homenageados na cerimônia.